Retratos da Brasilidade
Raquel Júdice Gonçalves
A diversidade e a riqueza presentes na cultura brasileira estão na exposição “Retratos da Brasilidade”, realizada pelo Museu de Arte Brasileira da FAAP (MAB-FAAP). Estive presente no dia 25 de fevereiro para visitar o local. Me deparei com autores desconhecidos, fiquei sabendo que alguns vieram para o Brasil só para observar e retratar um país estrangeiro, outros já tinha ouvido falar pelo reconhecimento, estilo pessoal, técnica e talento. Vi gravuras, desenhos, pinturas e fotografias, todos compondo um cenário Brasileiro. Passei os olhos por diversas telas em diferentes temas e épocas. Encontrei uma Baiana, fotografada pelo contemporâneo fotografo de moda J.R. Duran, a moça estava em uma saia branca rodada com grandes colares e acessório na cabeça, mas o principal ponto da foto era o sorriso dela, que remete a uma Bahia onde o povo é feliz, que canta e dança, e podemos afirmar que essa foi uma fiel representação. Descobri, pela grande obra de Aldemir Martins, que é só no Brasil que se usa rede como descanso, balanço e até deitar a vista do mar, pude enxergar isso na sua obra "A rede" como tentativa de representar algo que é de nosso uso. O carnaval e as festas não podiam deixar de ser mostrads, telas cheias de pessoas festejando, seja na capoeira, no samba ou nas danças que faz a cultura afro brasileira. Chegando na parte do imaginário religioso, fiquei estagnada diante de um grande quadro de Waldemiro de deus, pensando em todas as simbologias que a religião no Brasil traz. Por fim escolhi meu quadro favorito, que faz parte da fauna e flora brasileira, é o "Papagalia" do Claudio Tozzi, ele representou perfeitamente em uma proporção grande uma ave do céu brasileiro, um belo pássaro pintado de forma detalhada que quando nos aproximamos, é possível enxergar pontos minúsculos coloridos fazendo lembrar as cores vivas de um país tropical. Para terminar, não podia faltar o nosso famoso futebol, representado em fotos e desenhos, onde nos leva a refletir a paixão dos brasileiros pelo futebol. Em toda essa trajetória, conheci o Brasil nas suas qualidades, mas senti falta das mais belas praias, não encontrei nenhuma representação do paraíso praiano que temos. Por isso se o objetivo dessa exposição era alcançar a representação brasileira em diversas obras, ela não alcançou tudo, pois faltou mais, e como patriota desse país lindo por natureza, temos muito mais a mostrar, que talvez nem caberia em uma exposição.
Aldemir Martins, a Rede, 1982, 130 x 195 cm
Waldomiro de deus, tambores do Maranhão, 1998, 195 x 158 cm
Claudio Tozzio, papagalia, 1980, 160 x 160 cm
Informações
Entrada: gratuitaPeríodo de visitação: 4/6 a 24/8
Horário: 9h às 17h
Local: Salão Negro do Congresso Nacional
Serviço Educativo: exposicoes@camara.leg.br
Mais informações: 0800 619 619 e cultural@camara.leg.br