quinta-feira, 28 de maio de 2015

RETROSPECTIVA: 25 ANOS DO PROGRAMA DE EXPOSIÇÃO CCSP




por GABRIELLE BUENO FAOUR AUAD

Os 25 anos do Programa de Exposição do Centro Cultural São Paulo reúne diversos artistas que participaram nesses 25 anos do Programa de Exposições, criado em 1990. Tal programa visa o diálogo entre as gerações apresentando obras de artistas emergentes e conceituados. São obras que retratam a arte da cidade permitindo uma avaliação do que o ambiente cultural brasileiro propõe para o público.  Este projeto é uma referência no circuito das artes plásticas de todo o país.

Leda Catunda
After Eckhout, 2004
acrílica sobre tela e tecido
[artista convidada em 1991 e em 2003]



Antes do Programa de Exposição ser criado em 1990, as exposições de artes plásticas eram divulgadas pelo Centro Cultural através de um espaço com lugares demarcados e algumas divisórias. São elas:
-                     as obras de galerias de arte como pinturas, gravuras, desenhos, esculturas
-                     as obras com linguagens experimentais (vídeos e performances)
-                     as obras de artistas conceituados e renomados
-                     as obras de sessões distintas do centro cultural.

Rochelle Costi
Escolha - Made in China, 2005
fotografia sobre papel
[artista selecionada em 1991 e convidada em 2009]


           Estes espaços não só  abriram as portas para artistas emergentes (sem qualquer julgamento ou seleção) como também nunca deixaram de valorizar todos os tipos de arte da cidade que citei acima. Essa é uma forma unir diversos tipos de linguagem da arte com as pessoas, gerando repertório e experiência para as mesmas. A intenção de criarem este Programa era manter uma prospecção artística na cultura brasileira.

Lenora de Barros
Procuro-me, 2006
fotografia sobre papel algodão
[artista convidado em 2012]

          A exposição possui 40 obras que pertencem à Coleção de Arte da Cidade, de artistas que participaram do Programa da Exposição nesses últimos anos com a intenção de mostrar a relação entre eles.

Carmela Gross
Nós, 2002
neon
[artista convidada em 2001]


Serviço da Exposição
Quanto: Entrada Grátis
Quando: de 08/05 a 26/07/2015 
Terça a sexta, das 10h as 20h

Sábados Domingos e Feriados, das 10h as 18h.
Onde: Centro Cultural São Paulo – Endereço: Rua Vergueiro, 1.000 – Aclimação
Até quando: até 26/07/2015

Links Relacionados: http://guia.uol.com.br/sao-paulo/exposicoes/detalhes.htm?ponto=25-anos-do-programa-de-exposicoes-ccsp_3970734464 

quarta-feira, 27 de maio de 2015

AFRICA AFRICANS

Allan Hasbani - 41414936






O Museu Afro Brasil promove a maior mostra de arte contemporânea africana já realizada no Brasil. O projeto Africa Africans, traça um panorama da recente criação visual do continente por meio de obras de artistas de diversos países africanos.



 A exposição conta com cerca de 100 obras, de mais de 20 artistas, em diversos suportes e linguagens, além de outras obras de arte africana, pertencentes ao acervo do museu e à coleção particular de Emanoel Araujo, diretor curatorial do Museu.  




O que chama mais a atenção, na parede do museu, é uma enorme Cortina dourada. Olhando de longe, parece uma joia em decomposição, mas de perto, tudo aquilo se revela num conjunto de tampinhas de garrafa de uísque e rum, achatadas e costuradas com fios de cobre. El Anatsui é o artista ganense responsável pela obra, seu trabalho feito de lixo faz jogo duplo com o luxo, marca da arte contemporânea da África. 

 

A exposição tem foco na criação de artistas africanos, nascidos e residentes no continente ou fora dele, assim como artistas de origem africana que, mesmo tendo nascido fora da África, dialogam com a pluralidade de experiências estéticas e sociais presente nas diversas regiões do continente. O racismo fez com que um laço se perdesse, entre o Brasil e o continente africano, ao longo da história. Isso ocorre por conta da sociedade brasileira que busca uma visão alterada de uma África criada pelo imaginário. A imagem que a mídia nos passa, é de um continente ruim e pobre, que afunda cada vez mais. Porém, a África atual é muito rica e vislumbrante na cultura, tendo consigo algo único e místico.




Serviço: Quando: De terça a domingo, das 10h - 17h, até 30/08Onde: Museu Afro Brasil, pq. Ibirapuera, portão 10, tel (11) 3320-8900www.museuafrobrasil.org.brQuanto: Grátis

Heróis - Daniel Kfouri


Pedro Racy - 41423781

Heróis foi um trabalho realizado em Cuba pelo fotógrafo Daneil Kfouri, e mostra uma série de fotos feitas nas ruas de Havana em 2007, numa época em que se especulava sobre a possível morte de Fidel Castro. Em seu trabalho, ele tenta mostrar os verdadeiros heróis da revolução, a população cubana. 

daniel_kfouri_Dip_Dogs

A exposição de Daniel não é uma exposição muito grande, porém é muito impactante. A maioria das fotos estão em preto e branco, e  mesmo as fotos que possuem algum tipo de cor (como a foto acima), o que predomina são as luzes e sombras da ilha caribenha. 


A ideia da exposição surgiu quando Daniel estava em Cuba em um bar com locais, que Daniel escutou dos cubanoers que os verdadeiros heróis não eram mais Fidel Castro ou Che Guevara, mas sim o povo que com tão pouco conseguiam viver e exaltar sua dignidade.


Daniel consegue mostrar através das sombras e do preto em suas fotos, que é interpretado de diferentes formas, a vida dos cubanos. É dentro dessas ruas, desse cenário obscuro que vivem todos os cubanos, Quando entramos na exposição, nos deparamos em uma sala com fotos escuras, que trazem um ar dramático, mas quando passa a ver as fotos cuidadosamente, passa a ver que aquilo são coisas reais, nada de artificial, e chega até a emocionar vendo que aquelas fotografias foram tiradas espontaneamente, e passamos a buscar respostas para Cuba, dentro dessa escuridão, passamos a ver que por trás dos líderes políticos cubanos, existe uma população que mesmo sem dinheiro, dão valores incríveis as pequenas coisas da vida difícil que eles tem, e esses sim, são os verdadeiros heróis de Cuba. 




Serviços da Exposição:

Quanto - Grátis
Quando - Segundas, Terças, Quartas, Quintas e Sextas das 11:00 às 13:00 
                     Segundas, Terças, Quartas, Quintas e Sextas das 14:00 às 19:00

Onde - Doc Galeria : Rua Aspicuelta, 662 , Vila Madalena, São Paulo
Até Quando - até dia 05/06/2015
Links Relacionados: http://docfoto.com.br/site/herois-de-daniel-kfouri-inaugura-dia-125-na-doc/ 











Alice no País de Peticov - Antonio Peticov

Barbara Naswaty - 41415681



Antonio Peticov, é um pintor, escultor, desenhista, gravurista, hológrafo e programador visual. Ele por sua vez, destacando-se desde 1965 em suas participações nas Bienais de São Paulo, também fez instalações ambientais e murais na Itália, Suiça, Estados Unidos e no Brasil. Após viver boa parte de sua vida entre Milão e Nova Iorque, retornou ao Brasil em 1999 e seu trabalho foi difundido mundialmente. 

A exposição que visitei, foi sobre "Alice no País de Peticov" e para todos que conhecem "Alice no País das Maravilhas", que é um filme que conta a história de uma menina (Alice) que cai em uma toca de coelho e sua vida começa a transbordar entre criaturas, sonhos e fantasia. 

The Afternoon Tea
      Tinta acrílica sobre a tela: 120x150cms (2014)

Peticov representa nesse quadro, o momento em que Alice toma seu café da manhã. Em minha opinião, os quadros são representados de forma obscura, com cores quentes e chamativas e não necessariamente com o enfoque na beleza pura dos personagens, mas sim na amplitude do quadro, nas formas geométricas. 

La Vai o Bill 
Acrílico sem tela: 210x160 (2015)

Outro quadro que Peticov representa o futurismo do filme, onde os objetos voam pela cidade. 

Ver essa exposição foi bem interessante, pelo fato de que nem sempre o artista representa através da pintura e de seu livre-arbítrio toda a beleza pura de um personagem ou a pincelada perfeita. Ele brinca com tela e com acrílico, de forma que as imagens com mais impactos fazem parte das telas e as mais sólidas e futuristas, através do acrílico. E também acrescenta objetos na cena, como na primeira foto postada, onde brinca com o Preto do Coelho, a Madeira do Homem e a Caveira em cima da mesa. 


SERVIÇO DA EXPOSIÇÃO:

A exposição fica aberta do dia 09/05 ao dia 03/06. (Terças, Quartas, Quintas e Sextas das 10:00 ás 20:00 e aos Sábados das 11:00 ás 18:00). 
O que? Alice no País de Peticov
Quanto? Catraca Livre
Onde? Deco ArtClub (Rua Canário, 1318 - Moema) 
(11) 2619-0057



Joan Miró - A Força da Matéria


Critica feita por Luiza Quintella - 41415851




O  Instituto Tomie Ohtake traz ao Brasil uma exposição dedicada ao artista Joan Miró (1893-1983). Esta constituída por 112 que incluem pinturas, desenhos, esculturas, objetos, e fotografias. As peças pertencem à Fundação Joan Miró, em Barcelona e a coleções particulares. 









A exposição esta dividida em três grandes blocos cronológicos. Nos anos 30 e 40, as obras são principalmente feitas em pinturas e desenhos e ligadas a Guerra Civil Espanhola e Segunda Guerra Mundial. No final da década de 20, Miró começou um processo de “assassinar a pintura”, que tinha como objetivo terminar com a concepção clássica de pintura. A partir deste momento, Miró começa a produzir colagens e objetos mais diversos. Já, nos anos 50 e 60, com uma maior diversidade das técnicas, Miró passa a ter grande interesse em esculturas e nos anos 70, continua a criticar e questionar qual seria o sentido final da arte, representado isso pelas gravuras. 







Miró é conhecido por produzir obras em que o pensamento seja mais ágil do que a produção em si. Com isso, o resultado torce-se sendo algo agressivo e repleto de experimentações. 


A exposição gira em torno de uma questão principal: a espontaneidade. Espontâneo é aquilo feito sem premeditação, sem medo das consequências. Trata-se de um processo criativo, principalmente presente nas pinturas iniciais do artista. As linhas finas e caligrafias que se curvam e se alargam, assim como as cores que ajudam na construção do espaço trazem lógica em seus desenhos. 









Mulher III - Joan Miró
1965
Oleo e acrílico sobre tela
Fundação Joan Miró, Barcelona










Tendo como exemplo a obra acima, Miró apresenta uma personagem principal, onde a função representativa corresponde a cor. Possua traços mais largos nos contornos da figura e mais leve no fundo e espações interiores. Miró anula o retrato e foca mais no estereotipo da visão da mulher. 


Serviço:
Local: Instituto Tomie Ohtake - Av. Faria Lima 201 (Entrada pela Rua Coropés, - Pinheiros
Visitação: 24 de maio a 16 de agosto de 2015
Horário de entrada: 11h às 15:30/16h às 19h - Quarta-feira a domingo (segunda-feira o museu se encontra fechado e na terça-feira a entrada é gratuita)
Valor: R$10,00 inteira e R$5,00 meia

quarta-feira, 20 de maio de 2015

OP ART - Ilusões do Olhar

Por Roberta S. Stella


A exposição disponível no Museu da Casa Brasileira trata da arte ótica, ou optical art. É considerada a primeira no Brasil a abordar esse movimento de forma vasta. A mostra reúne elementos que mostram a influência desse estilo em áreas como Design, Arquitetura, Publicidade e Moda.  

O estranhamento começa logo ao chegar no local. O pedestre que passa apressado por ali não consegue deixar de perceber - pintado nos formatos da OP ART e com plantas dentro, um carro estacionado no jardim da frente do Museu é um convite no mínimo inusitado. 


Já dentro da exposição, são as obras de arte que recebem o visitante. A noção de espaço é modificada logo no início. A sensação é de entrar em um corredor que não tem fim.

Jeffrey Steele 
Baroque experiment: Fred Mddox, 1962/63
Óleo sobre a tela
60 x 40 inch
 Coleção Particular




As obras reunidas são de vários artistas que se dedicaram ao tema. Todos eles seguem um padrão de repetição simples e usando o jogo do preto e do branco conseguem criar uma noção de ambiguidade entre os planos. Alguns utilizam-se de cores e de outros materiais, como espelhos, metais e etc. O intuito é o mesmo - criar uma sensação de movimento num espaço tridimensional. 

Yuri Gesti
Confidências
Óleo sobre a tela
Coleção Dr. Marcelo Cunha - SP
Duda Rosa
Velocity II, 2014
Metacrilato
Coleção do Artista - SP






A sensação é a de que esses artistas não utilizam tão profundamente o recurso da emoção ao produzir suas obras. Para que o objetivo central seja atingido, é preciso um estudo matemático preciso. São artistas cientistas, que bebem do conhecimento técnico e o transforma em arte. 





Hilal Sami Hilal
Deslocamentos do Sol, 2013
PS de alto impacto corte à laser
Coleção Particular - SP
Cortesia Galeria Marilia Razuk
Durante a exposição o visitante irá se deparar com objetos do campo da moda, da arquitetura, do imobiliário e da publicidade que absorveram o estilo OP ART em suas produções. 

Vestido de noite
Estampa de Hércules Barsotti, s/d
Coleção MASP
Doação RHODIA
OP ART presente no Design e Arquitetura

SERVIÇO
Quando: De terça a domingo, das 10h às 18h. Também de sábados, domingos e feriados.
OndeMuseu da Casa Brasileira (Av. Brigadeiro Faria Lima, 2705, Jardim Paulistano, São Paulo)
Quanto: R$ 6 e R$ 3 (meia-entrada); entrada gratuita aos sábados, domingos, feriados e aberturas noturnas
Até quando: Do dia 16 de abril até o dia 1 de junho
Contato: (11) 3032-3727 - (11) 3026.3913 
Site: www.mcb.org.br